A empresa propõe aumentar em 1% sua contribuição para a Valia nos baixos salários
A Vale realizou nesta manhã uma reunião por videoconferência com o METABASE MARIANA e simultaneamente com todos os demais sindicatos que representam os trabalhadores na empresa.
Nossa expectativa era de que a empresa já apresentasse uma contraproposta que abordasse todos os pontos relevantes para renovarmos nosso Acordo Coletivo de Trabalho. A empresa, no entanto, decidiu apresentar sua contraproposta à prestação e veio com apenas dois ítens na reunião de hoje.
No primeiro iíem, a Vale garante a manutenção de todos os benefícios vigentes, mas não fez nenhuma indicação de correção de valores, já que muitos deles têm repercussão sócioeconômica. No segundo, a empresa propõe aumentar sua contribuição para a Valia de 1% para 2% sobre os salários até R$ 5.253,91, dependendo do desejo manifestado individualmente por cada trabalhador. Lembramos que trabalhadores com salários mais altos têm a contribuição de até 9% na faixa salarial acima destes R$ 5.253,91, equivalente a 10 URs (Unidade Referência). Os trabalhadores de menores salários podem “dobrar” de 1% para 2% sua reserva na Valia para a complementação previdenciária ou poupança de melhor remuneração, caso saiam antes da empresa. Mas continua a disparidade de condições, valorizando muito mais quem já usufrui de altos salários e penalizando exatamente quem ganha menos. Apesar de representar uma melhoria, estes 2% continuam sendo injustos.
A empresa deverá apresentar sua proposta econômica apenas nas próximas reuniões, mas reforçamos que a expectativa de todos os trabalhadores é para recuperarmos integralmente a inflação acumulada em 12 meses e termos um GANHO REAL nos salários, cartão alimentação e benefícios socioeconômicos.
Esperamos que a empresa discuta toda nossa pauta de reivindicações, que tem pontos vitais para estabelecermos as melhores condições de trabalho. Destacamos a grande dificuldade que os trabalhadores enfrentam para atendimento com rapidez e qualidade nos planos de saúde AMS e PASA, além de problemas crônicos com transporte, alimentação e outras condições básicas. Aguardamos com ansiedade a maior sensibilidade da Vale e possamos avançar nas negociações para um acordo coletivo que garanta para nós na empresa algo que possamos chamar de “trabalho decente!”