Trabalhadores da Vale se mobilizam por igualdade de direitos nas condições para a aposentadoria, após impacto das reformas trabalhista e previdenciária.
As mudanças no mercado de trabalho, como empregos informais e temporários, comprometem as contribuições ao INSS, prejudicando seriamente as condições futuras de sustentação das aposentadorias.
A reforma previdenciária dificulta severamente o acesso à aposentadoria e reduziu os valores recebidos com as regras estabelecidas para os trabalhadores comuns, apesar de manter no teto os salários de deputados, militares, juízes servidores da justiça, governantes.
Com a redução drástica das aposentadorias pelo INSS, justamente no momento mais difícil da vida, de idosos com saúde debilitada e extorquidos por planos de saúde que buscam o lucro brutal até em simples atendimentos e procedimentos hospitalares, a condição social fica insustentável, obrigando os mais jovens a ter uma visão de futuro e de investimento também em Previdência Privada, para garantir complementações previdenciárias.
Diante disso, os trabalhadores já se movimentam intensamente para buscarmos nas negociações do próximo Acordo Coletivo de Trabalho com a Vale uma maior contribuição para a Valia, visando uma aposentadoria digna. Hoje os trabalhadores de menores salários contribuem com o máximo de 3%, permitindo-se a quem tem salários mais altos contribuírem até 9%, lembrando-se que a empresa investe o mesmo percentual que cada trabalhador contribui, caracterizando uma diferenciação antissocial, não praticando uma isonomia e prejudicando justamente os trabalhadores de condições mais precárias e que terão as aposentadorias mais reduzidas pela Previdência Social, sem direito a uma complementação previdenciária justa.
A luta pela equidade nos direitos previdenciários se torna uma prioridade para garantir um futuro justo como aposentados. Esta será, sem dúvida uma das reivindicações mais valorosas em nossas próximas negociações e todos devemos nos unir para conquistarmos esta melhoria em nosso direito.
