Desde que a Vale passou a negociar separadamente com cada sindicato, tirando cláusulas do acordo nacional para os específicos, os trabalhadores se sujeitam a direitos diferenciados dentro da mesma empresa, exigindo que fortaleçamos nossa unidade para resistir às ameaças da empresa, que terceiriza atividades para aumentar seus lucros.
Terceirizar, um instrumento para burlar direitos conquistados por Sindicatos em acordos coletivos
A Vale anunciou tragicamente para trabalhadores nos armazéns que a atividade em todo o setor será entregue para uma empresa terceirizada. Cerca de 200 trabalhadores que se dedicam em toda sua vida com empenho pela empresa, muitos já em idade avançada, correm o sério risco de serem “descartados” e engrossarem a massa de desempregados.
A empresa fala em “modernidade”, que passará a ter mais controle de compras, entregas e posições onde estão os insumos, equipamentos e outros, entregando esta atividade para prestador de serviço especializado no setor.
Preocupados com a ameaça do desemprego, os sindicatos Metabase de Belo Horizonte, Brumadinho, Itabira e Mariana reuniram-se na última semana de março para cobrarmos reunião com a Vale em caráter de urgência, para obtermos todas as informações sobre a medida e buscarmos a proteção dos empregos destes trabalhadores, alocando-os em outra atividade e até mesmo outras unidades da empresa. Não podemos tolerar a demissão em massa de trabalhadores simplesmente para favorecer condições de “logística” da empresa, sacrificando socialmente as famílias com o sofrimento imposto por desemprego.