Empresa quer manter a exploração com arrocho nos salários, cega ao empenho dos trabalhadores
A direção da Samarco parece apostar na política de terra arrasada! Apesar do esforço de todos os trabalhadores, desde a atividade mais simples, operacional ou administrativa, com a categoria se empenhando com enorme sacrifício para o seu processo de recuperação judicial, a empresa nos trata com desprezo.
Desde a tragédia de Bento Rodrigues, por vários anos, os trabalhadores se submetem a prejuízos gigantescos no valor real dos salários e cláusulas econômicas, com uma clara perda de qualidade de vida de nossas famílias.
O esforço dos trabalhadores, que fazem questão de se pronunciarem como “parceiros para a sustentabilidade” exercem agora sua atividade com esforço redobrado, em um nível de produção que já estamos acostumados, com o total empenho para voltarmos a superar constantes recordes de produção e de lucratividade.
Lembramos em nosso último boletim que os trabalhadores voltaram a ser prejudicados, recebendo apenas 9/12 do 13º salário. Mas mesmo assim, a empresa apresenta uma proposta econômica para acordo coletivo para apertar ainda mais o nosso pescoço.
Apesar de esperarmos uma recuperação do valor real de nosso ganha pão que, aponta uma necessidade de reajuste de 47,67%, a Samarco propõe reajustar salários ainda abaixo do acumulado pela inflação de 12 meses na nossa data-base de 1º de setembro. Enquanto o INPC acumulado registrou até o fim de agosto 8,83%, a empresa oferece reajuste abaixo, de 8,5% e pior ainda, de apenas 5,5%, para cargos de liderança.
O tratamento desigual, sem levar em conta as dificuldades dos trabalhadores, são motivos de sobra para nos mobilizarmos, do mais humilde ao mais elevado cargo na empresa, para cobrar justiça pelo nosso empenho e responsabilidade em nosso trabalho e para cumprirmos decentemente os compromissos familiares e sociais.
Recusamos a proposta econômica da Samarco na própria mesa e esperamos que a empresa se digne em nos apresentar uma proposta mais honesta, que faça sobre os seus trabalhadores melhor juízo de valor
Teremos nova reunião no próximo dia 1º de dezembro e alertamos todos os trabalhadores para se mobilizarem em uma luta mais intensa pelos nossos direitos e sobrevivência profissional.
