.: Notícia:.

 

Turno
VALE! PRESSÃO PSICOLÓGICA E ADOECIMENTO MENTAL
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A Vale se transfomou nesta gigante da mineração através de uma exploração sem limites de recursos naturais e dos seus próprios trabalhadores.


Além de praticar o pior turno da nossa região, a empresa prepara mal ou não prepara os seus gestores para lidarem com essa jornada desumana, com registros escancarados de adoecimento físico e mental dos trabalhadores.


O turno em vigência na Vale hoje é o turno fixo de 11 horas, onde quem trabalha durante o turno do dia inicia às 7 da manhã e finaliza às 19 horas, e o trabalhador que trabalha a noite inicia às 19 horas e termina às 7 da manhã, podendo ser escala 2x2 ou 3x3.
O turno de 11 horas é exaustivo, desumano, adoece quem se submete a ele. A insatisfação com esse turno é enorme, principalmente entre os trabalhadores do turno da noite, que são os mais penalizados.


Após a implantação desse turno o índice de absentismo na empresa disparou. Doenças como pré-diabetes, pressão alta e ansiedade são as mais comuns entre os trabalhadores.


Com a implantação da jornada de onze horas, a Vale nos apresentou o teste de “Prontidão”. Segundo a empresa, esse teste consegue monitorar se o trabalhador está apto ou não a realizar suas funções laborais naquele dia.


Após a implantação do teste e todos treinados no mesmo é necessário atingir uma pontuação, para que o sistema libere o trabalhador para realizar suas atividades. Se aquele ou aquela que realizou o teste não atingir essa pontuação, o sistema entende que os mesmos não estão aptos a realizar suas atividades e assim ficam suspensos da atividade, podendo ser por um período curto de no máximo 30 minutos ou até a realização de um novo teste.


Ao realizar o novo teste, se a pontuação necessária não for atingida novamente, o trabalhador fica suspenso da atividade naquele turno. Isso não deveria ser um problema, certo? Já que a empresa adotou o sistema como uma ferramenta de segurança. Mas o sistema vem incomodando alguns gestores que não estão conseguindo cumprir suas metas de utilização dos equipamentos.


Uma supervisora da gerência de infraestrutura do turno da noite disse em DSS que ela não tem condições de justificar o número de equipamentos parados, devido a trabalhadores que estão suspensos da atividade pelo teste de “Prontidão” e diagnosticou que isso vai gerar demissões.


O teste de Prontidão veio para dar mais segurança às operações ou gerar mais estresse e formar banco de dados para futuras demissões? Segundo essa supervisora, há trabalhadores forçando baixa pontuação no teste de “Prontidão” para serem suspensos da atividade. Será que ela pode provar o que está dizendo? Não satisfeita, ela disse a seus subordinados que eles precisam se preparar melhor para o trabalho, mas é muito fácil dormir durante o dia para trabalhar a noite toda.


Essas situações vêm acontecendo constantemente. Exigimos que a empresa tome às medidas necessárias e pedimos aos trabalhadores que não se calem, continuem fazendo suas denúncias. Unidos, vamos colocar um fim nessas situações.

          

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