A proposta da Vale de arrocho nos salários e benefícios econômicos de nosso Acordo Coletivo causa a indignação dos trabalhadores.
O grande empenho para cumprir metas, garantir lucros fabulosos e resultados operacionais em plena pandemia está sendo tratado com descaso, desrespeito e injustamente.
Não podemos aceitar que a Vale aumente seus lucros, corroendo os nossos salários. Sua proposta de reajuste salarial de 2,72% diante de uma inflação de 3,89%, estimada pelo INPC acumulado em nossa data-base, é, no mínimo, uma covardia contra os trabalhadores. A empresa, depois de paralisar a concessão do cartão extra, que nos possibilitou enfrentar a explosão de preços de alimentos e produtos de higiene, agora quer rebaixar o valor real dos nossos salários.
A Vale diz que não mexe em nossos direitos, que garante todos os benefícios, como plano de saúde e demais cláusulas, mas quer diminuir o valor real dos salários, não repassado nem a inflação acumulada, e ainda pretende segurar os benefícios pelo mesmo valor durante dois anos, sem qualquer reajuste, desde 1º de novembro de 2019 até outubro de 2021.
Isto é inadmissível! Devemos reagir contra esta proposta insensível, desumana, vinda da empresa com a maior lucratividade entre todas as empresas brasileiras.
Sem uma proposta de responsabilidade social não haverá acordo! E devemos mostrar ao Brasil e ao mundo como a Vale trata seus próprios trabalhadores, que morrem de tanto trabalhar pelos resultados da empresa.
